O atleta americano LaShawn Merritt, campeão olímpico em Pequim/2008 e campeão do mundo em Berlim/2009, nos 400 metros rasos, foi pego em 3 exames antidoping por uso de esteroide anabolizante que aumenta o tamanho do pênis. Desculpa esfarrapada ou não, a versão que vale é a de melhorar o desempenho sexual. A velha e ultrapassada mania de querer se mostrar um grande amante mantendo uma ereção formidável que resistirá a qualquer prova. Seja maratona, corrida de fundo ou uma rapidinha de 100 metros. Acaba colhendo maus resultados porque o jovem e potente homem jamais se aperceberá, com sua parca experiência, que seu valor não cresce inspirado na quantidade, e sim na qualidade de amor. Conforme esteja envolvido, enredado na teia do encanto e os corpos entrelaçados no ardor da paixão. E não tendo que se apresentar de espada em punho para disputar uma corrida e se sagrar vencedor num piscar de olhos. No seu desenvolvimento, o homem vai se condicionando a tornar-se escravo de sua ereção e apequenar seu horizonte, não encontrando saída, salvo em paliativos como drogas ou remédios, para, no final, ficar irremediavelmente broxa. E restar com gosto amargo na boca por não ter provado o que havia de melhor e preferido a abundância que enche os olhos e eleva o ego, mas que não se faz presente no seu sangue como os esteroides anabolizantes e nada acrescenta à sua alma, por tudo sair na urina.
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