A Rússia de todos os czares não consegue se libertar de seu estigma quando encarcera por delitos de consciência as cantoras do Pussy Riot, os ecologistas do Greenpeace e outros que lhe fazem oposição, como se ainda fosse o regime czarista ou comunista. Acabaram arrumando uma encrenca das feias com redutos de extremistas islâmicos e separatistas na Chechênia e Daguestão, face ao ataque à estação de trem em Volgogrado com 16 mortos, numa sequência de atentados terroristas às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi. A ameaça provém das viúvas negras de chechenos mortos em combate contra os russos e que se tornaram mulheres-bombas muito em razão dos Jogos serem realizados sobre os ossos de seus ancestrais muçulmanos em terras do Mar Negro, próximo do turbulento Norte do Cáucaso, onde ficam a Chechênia e Daguestão. Perto das investidas que detonam bombas em aeroportos, metrôs, trens e aviões russos, ao longo dos últimos 15 anos, as manifestações anunciadas para durante a Copa do Mundo no Brasil constituem um não reconhecido exemplo de democracia, mesmo se aí incluídas as ações agressivas dos black blocs. Falta-nos o interesse em melhor se informar e um olhar mais aprofundado e consciencioso sobre o que acontece no mundo para, na comparação, não sermos tão intolerantes com o Brasil. E imperdoável se vindo da mídia.
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