Marco Rubio, senador pela Flórida, filho de imigrantes cubanos, ferrenhos adversários do regime de Fidel Castro, afirmou que faz qualquer coisa para ajudar os candidatos do Partido Republicano a vencerem as eleições à Presidência norte-americana. Quando todos são apoiadores de severas leis anti-imigração como as que estão sendo implantadas em estados sulistas e conservadores de Alabama, Arizona e Carolina do Sul. E postulantes de que os próprios imigrantes adotem a autodeportação. Rubio, o príncipe do movimento troglodita Tea Party, no máximo, concede o direito de cidadania aos filhos de imigrantes que servirem às Forças Armadas, de preferência à frente de batalhas como bucha de canhão. Mais do que trair suas origens, impossível.
O juiz Baltasar Garzón, que se tornou célebre por mandar prender Pinochet pela tortura e morte de cidadãos espanhóis, está respondendo a três processos e se encontra suspenso de suas atividades desde 2010. Quem mandou investigar crimes cometidos durante a ditadura de Franco (1939-1976), apesar da lei de anistia em 1977? Ainda há muitos monarquistas, nostálgicos franquistas, maçônicos, os que repudiam Almodóvar e, principalmente, o Partido Popular (PP), vitorioso nas últimas eleições, e que mantém estreitas ligações com a rede Gürtel, considerada a maior quadrilha de corrupção política da história da Espanha. Quem mandou o juiz Baltasar Garzón autorizar o grampeamento de conversas telefônicas da Gürtel com seus advogados? Com o intuito de buscar a trilha certa nas pegadas de fiéis corruptos do saudoso Franco e porque ainda pretendem desestabilizar a democracia espanhola, deixando para trás os bascos como vilões do sistema.
Assim como ocorre nos melhores gabinetes do Brasil, Julien Civange tinha escritório no Palácio do Eliseu, secretária, computadores à disposição e carro oficial, viajando com a delegação presidencial para toda parte do mundo. Líder de banda de rock que já abriu show dos Rolling Stones, compositor e empresário, era o maior protegido da primeira-dama francesa por sua contribuição ao trabalho desenvolvido na Fundação Carla Bruni-Sarkozy na campanha “Nascido sem Aids”, para alertar sobre a transmissão do vírus de mães para filhos. Carla esclarece que o seu trabalho não tinha intenções comerciais.
A conclusão a que se chega é que nascemos santos, puros em nossa inocência, para depois insistir acreditando nessa e noutras mentiras. Como se esse gênero de traição, de mentalidade corrupta e fantasma à custa do erário francês só acontecesse no Brasil.
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