No 2º round do impeachment, a repetição do primeiro (decidido na base da retaliação e da vingança). Eduardo Cunha impôs sua chapa de 65 deputados que acolherão preliminarmente ou não o impeachment, vencendo no voto secreto a outra chapa definida pelos líderes de partidos, de acordo com a lei. Eduardo Cunha, pouco a pouco, com o seu natural gangsterismo, vai maculando o processo do impeachment e a própria retirada de Dilma do poder (se for o caso), num autêntico arrastão que vai levando o PSDB consigo e o contaminando face à conveniência exibida pelos tucanos, criando um clima de guerra, que poderá alcançar as ruas pela total irresponsabilidade do Cunha e do laissez-faire do PSDB. Pode acabar precipitando uma tremenda saia justa no Congresso, quando ele tiver de decidir pelo impeachment ou não, pois o voto dos parlamentares será aberto e o exporá à execração de seu eleitor. Igualmente no Supremo, se o processo lá chegar já totalmente viciado, comprometendo o voto de Gilmar Mendes em favor do impeachment. O que vai dividir mais ainda o país pois Cunha não tem limites, e isso interessa aos apologistas do impeachment, que não precisam sujar as mãos enquanto essa ratazana consegue encobrir suas falcatruas com as manobras do impeachment, graças ao temor de Janot em encará-lo e jogá-lo na prisão. Os eleitores do Aécio também vão convalidando os métodos de Eduardo Cunha pois o fim (de Dilma) justifica os meios inescrupulosos, muito embora seu discurso se concentre na persecução da ética e da honestidade, estarrecidos com a corrupção no aparelho público. Já Eduardo Cunha não os assusta; é um mal necessário para sanear o país.
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