O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é a própria personificação do atraso e do obscurantismo que veio para nos assustar. O projeto, de sua autoria, que proíbe a venda da pílula do dia seguinte tem como principal objetivo impedir – de qualquer maneira – o aborto no Brasil, para atender à claque dos evangélicos, seu principal suporte eleitoral. Para tanto, autoriza a retirada dos direitos das vítimas de estupro, já contemplados no Código Penal. O que estranha é o diabólico silêncio dos eleitores do Aécio, por mero oportunismo em usá-lo para o impeachment de Dilma, ao não manifestar sua indignação e revolta contra esse walking dead. Puro maquiavelismo, talvez apreendido ao observá-lo diariamente no noticiário da mídia, contaminando-se com seu sentimento de vingança contra o poder instalado pelas eleições. Uma identificação surgida dos mesmos propósitos, mas que fere de morte os princípios éticos que defendem para o país. Se são da mesma laia, alguns, revoltados, negarão diante do óbvio. A maioria observará que nem tinha notado. A minoria assumirá o ódio com todos os meios são válidos para derrubar a ditadura comunista do PT.
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