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ELEIÇÕES 2018 – A DIREITA ESTÁ DIVIDIDA POR ENQUANTO…

A direita está dividida entre Bolsonaro, Alckmin, Álvaro Dias e Amoêdo (do suposto partido novo). Os mais sensatos e moderados da direita estão horrorizados com a perspectiva de votar em Bolsonaro. Mas não tenham dúvida de que o farão se tiverem de enfrentar Lula (de novo) ou Haddad. Pelo menos esse segmento eleitoral tem total noção de que, com Bolsonaro, o país afunda de vez, ainda mais que seu economista e gestor das finanças, Paulo Guedes, a seu feitio, venderá o país ao estrangeiro, aí incluído o Banco do Brasil e Petrobras. Mas se encontram num dilema: em quem votar na direita com a certeza de que irá desbancar Bolsonaro e seu candidato ir para o 2º turno? Se Alckmin se mostra enfraquecido por sua essência débil e sem vitalidade, sem consistência e sem voz própria. Se Álvaro Dias, consumido pelo botox, não conseguiu enganar guindando Moro a seu ministro de Justiça, sinal de que o prestígio da Operação Lava-Jato não anda tão em alta. Se Amoêdo tem como cabo eleitoral Arnaldo Jabor, o maior pessimista e baixo-astral do Brasil. Esses eleitores de direita não desconhecem que o ambiente sombrio da Idade Média renascerá com Bolsonaro, que dará aval à violência generalizada no campo, nas comunidades e na periferia. Hipócritas, mantêm-se em silêncio tal como durante o governo Temer, mas querem se eximir da cumplicidade com a política (golpista) que levou o país à ruína, se escorando na culpa atribuída ao petismo. Mas qual candidato da direita escolher, que não Bolsonaro? Esse é o dilema em que se veem enredados. Terão de votar não com o coração ou afinidade num candidato da direita, e sim com a cabeça, estrategicamente. Só lhes restando Marina, de quem não gostam, desde por motivos raciais ou classe social que personifica até por reeditar Lula. Para desbancar Bolsonaro.

Antonio Carlos Gaio:
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