O nacionalismo judeu provém de um povo brioso, orgulhoso de sua história milenar e heroica enfrentando diásporas e inteiramente a par do que se trata perseguição política ou étnica, sendo a última e mais conhecida, o Holocausto. Dentre nós, descendentes dos que padeceram nas mãos dos nazistas e que se tornaram legitimamente brasileiros, até incorporando as idiossincrasias do nosso perfil para votar. Como a maior parte da colônia votando em Aécio para presidente em 2014 e depois se calando, em sequência a baterem panelas indignados com a corrupção na era petista. Quando descobriu, dentre os que votaram o impeachment de Dilma, focos e mais focos de corrupção. Cerrando os lábios mais ainda, quando elegeu para prefeito no Rio de Janeiro um pastor crente para não sufragar um esquerdista do PSOL, considerado por eles linha auxiliar do PT e comunista. Até chegar na escolha de Sofia para presidente da República, derrotada a plêiade de seus candidatos: Alckmin, Amoêdo, Meirelles, Álvaro Dias e até Marina. Restou Bolsonaro, a expressão rediviva do nazismo, que propõe o sumário extermínio da oposição e de todas as minorias que compõem a sociedade, estimulando o emprego de torturas e o pleno uso de armas para eliminar quem pensa diferente, não só para executar ladrões. Discurso que deviam conhecer de cor e salteado. Como votar num candidato nazifascista sem incorrer em ofensa aos seus ancestrais, que naturalmente se sentirão traídos no Plano onde se encontram? Se o sentimento de repulsa aos nazistas permanece vivo em filmes sobre campos de concentração que ganham dezenas de Oscar. A literatura é farta a respeito da restrição de judeus a guetos. Deviam respeitar mais a simbologia e o factual das câmaras de gás. Votarão em Bolsonaro nazista por motivação excludente de apenas nutrirem ódio antipetista? E o antissemitismo, não é igualmente odioso? Será que a banalidade do Mal os autoriza a abraçar o impiedoso regime que oprimiu e destruiu seus parentes? Se o voto é uma manifestação democrática do direito de escolher nossos representantes nas Casas Executiva e Legislativa, por que não debater? Por não saber explicar tamanha incoerência? Por que se manter em silêncio, interrompido quando foram às ruas para clamar pelo golpe? Apelidado de impeachment, a caminho de confluir para uma ditadura a ser eleita de espontânea vontade pelo majoritário voto útil judaico.
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