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ELEIÇÕES 2018 – CADA VEZ MAIS LAVAM AS MÃOS COMO PILATOS NA HORA DE CONFRONTAR BOLSONARO

Considerando-se que Bolsonaro seria o primeiro presidente fascista a ser eleito em tempos republicanos, cujos interesses se chocam contra a representatividade de uma democracia, por toda hora lembrar a possibilidade de um golpe para se defender da desordem no país, ou o que isso significar, mais uma vez o espírito de Pôncio Pilatos renasce na operação de lavar as mãos. Começou pelo Ciro Gomes, deixando um documento com EleNão, e viajou para a Europa. FHC, nem isso, a crise no PSDB o levou a também flanar no exterior. Katia Abreu sugeriu a Haddad desistir e entregar a candidatura para Ciro. Os partidos representativos do grosso da classe política preferiram ficar em cima do muro para não ficar gravada na TV a imagem de adesão ao fascista, excetuado o PTB de Roberto Jeferson, que já perdeu a vergonha na cara desde que nasceu. Com todos apostando no fracasso do capitão do Exército e não querer ver o seu nome “limpo” envolvido com um presidente, que irá perder sua legitimidade se não comparecer aos debates. Pôncio Pilatos, nem o quanto a Humanidade iria presenciar o tanto que se repetiu em seu gesto de lavar as mãos depois de mandar Cristo para a cruz, condenado por cometer a blasfêmia de se declarar o filho do Rei (Deus), poderiam supor que essa simbologia fecharia os olhos diante da realidade fascista que se avizinha no Brasil ou o país mergulhar em nova crise, dessa vez mais gigantesca que a do golpe travestido de impeachment. Por força de colocar no poder um aventureiro e irresponsável, regido por uma banalidade do Mal: o sentimento antipetista.

Antonio Carlos Gaio:
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