Bolsonaro será um presidente da República desequilibrado ou psicopata? Mais pertinente é bandido e ignorante por mais que tente agora posar de bom moço. Mostrou-se um excelente ator, forçoso reconhecer. Transformou-se em mito para seus seguidores por bem vender à parcela substancial da população um Brasil cafajeste (sacada brilhante de Caetano Veloso). Inescrupuloso por não querer se submeter a debate, fundamental para o eleitor se decidir, com medo de externar sua personalidade sórdida, mais do que sua baixa estatura moral e falta de conhecimentos para ser um estadista como presidente. Ora, se não tem programas de governo! Embora pródigo em veicular fake news no WhatsApp, fenômeno sem precedente no mundo para fraudar eleições. E exigir em troca do eleitorado um cheque em branco para fazer o que bem entender.
Jânio, Collor e Bolsonaro, carmas a serem resgatados para esmerilhar o nosso grau de politização. Jânio renunciou em oito meses por não lhe concederem poderes especiais para governar o país. Collor confiscou a poupança dos cidadãos brasileiros, depois de ter dito em campanha que Lula é quem confiscaria. Agora surge um remanescente da mesma tribo.
Isso é o que dá não termos passado a limpo a ditadura militar, como Chile, Argentina e Uruguai, enterrando todos os esqueletos resultado do regime debaixo da Lei da Anistia. Elegemos um nazifascista para presidente, cujo ídolo é o maior torturador da ditadura militar (Coronel Brilhante Ustra). Sob o artifício de fake news e patrocinado por caixa 2 de empresários, o que dá margem à cassação da candidatura. Como se isso não bastasse, Bolsonaro é machista, racista, misógino e homofóbico, certamente perseguirá adversários e movimentos sociais, e haverá reação. Pois fica mais fácil com uma quartelada enterrar-se a democracia.
Nota-se no clamor pela vitória de Bolsonaro um maior júbilo pela derrota do PT depois de quatro mandatos presidenciais consecutivos. O quinto mandato “eles não” aguentariam, ainda mais vencido o golpe na presidenta Dilma e a prisão de Lula, através de seu preposto Moro, para impedi-lo de ser presidente pela terceira vez. Apesar de o PT ter elegido a maior bancada da Câmara dos Deputados e a enxurrada de votos em Haddad, para quem considerava que, com Lava Jato, golpe e prisão de Lula, estava tudo dominado. Em compensação, ganhamos em troca um presidente perturbado (basta observar no fundo de seus olhos) e candidato a ditador.
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