Existem eleitores que notoriamente não são petistas, mas que se arvoram em malhar as escolhas do PT para eleição a prefeito, como se militantes fossem. A bronca é livre, mas criticam o tumulto nas convenções, a não ratificação do candidato que está à frente nas pesquisas, a falta de um senso comum para aglutinar numa candidatura, o bater de frente com caciques como Eduardo Campos e Aécio Neves, e horrorizam-se com a intervenção do diretório nacional para chegar ao Lula, com sua mania irritante de dar palpite em tudo, mesmo combalido e com dor na garganta. No dia da votação, esses mesmos eleitores escolhem um candidato, geralmente relacionado aos seus interesses e perfil ideológico, pouco se importando com o seu partido, se envolvido em maracutaias ou ter feito alianças asquerosas ou ser contraditório com o seu discurso em prol da ética ou primar pelo oportunismo. Com o cidadão pouco se lixando com a incoerência de seu próprio voto, se confrontado com sua postura durante a campanha, vivendo um personagem que nem Demóstenes Torres, arrogante e prepotente, de dedo em riste a acusar todos que ofenderam a moral e a ética na política. Há mais Demóstenes dentre os nossos eleitores do que supõe a vã filosofia.
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