Os ruralistas já foram chamados em passado longínquo de barões do café ou senhores de engenho. Ou meros fazendeiros. Latifundiários, como bandeira comunista. O setor da agropecuária, quando Delfim Neto mandava. UDR, na transição da ditadura militar para a redemocratização. No século XXI, o agronegócio, que sustenta substancial parte do crescimento econômico e abriga debaixo de suas asas os responsáveis pelos desmatamentos. Os ruralistas estão providencialmente calados, não dispostos a se manifestarem nem interferirem nas eleições, para de forma alguma atrapalhar Serra com seus interesses claramente contrários à preservação do meio ambiente conforme Marina receita. Para fazer o eleitor ingênuo de Marina se enganar com Serra: um ambientalista convicto! A maioria dos eleitores de Marina e do Partido Verde votará em Serra abraçada aos ruralistas e à turma do desmatamento. Esse é o desserviço à causa verde que Marina prestou com sua neutralidade. Quando Zequinha Sarney, na cota do Partido do Sarney, já foi ministro do Meio Ambiente de FHC, ambientalista convicto do mesmo topete de Serra. O candidato paulista ficará em débito com o silêncio de uma classe poderosa como a dos ruralistas, fundamental para falsificar o seu perfil.
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