O ministro das Cidades, o viril Negromonte do Partido Popular (PP), deu corda para se enforcar ao reagir quanto ao racha em sua bancada: “em briga de família, irmão mata irmão e morre todo mundo; a folha corrida de todos não recomenda”. Apenas serviu para acuar mais ainda os partidos que formam a base de Dilma no Congresso diante das denúncias que não param de veicular na mídia. Um recuo surpreendente para quem estava roubando tanto e não via luz no fim do túnel. Uma das razões se deve a Dilma não querer ficar refém de disputas provincianas no seio de partidos, pois daqui a pouco eles ganhariam autonomia para trocar os ministros do governo quando bem entendessem. A terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo a revista “Forbes”, não tem medo de ser pautada pelas revistas de escândalo e de cortar cabeças, embora não estejamos na Roma antiga. Afinal de contas, o Brasil é presidencialista, e não parlamentarista. Oportunidade de ouro para a oposição tirar proveito e vir com o bordão da CPI, pondo em questão qual a herança maldita que repercute mais no juízo do povo: se oriunda da corrupção, tentando destruir a imagem de Lula para 2014 e colocá-lo em rota de colisão com Dilma; ou a herança de quem nem pensou em fazer crescer a economia voltada para os pobres a fim de erradicar a miséria. 12 anos de lulismo irritam e provocam um estado de guerra no qual as palavras de Negromonte encontram eco no aviso funesto do bicheiro Anderson Coutinho, suspeito de ter executado a juíza Patrícia Acioli: “a pessoa que bate o martelo vai chorar lágrimas de sangue”.