Acho que as pessoas dão importância demais a tudo. Nem tudo é assim tão importante e fatal. Somos mesmo todos errantes, erramos antes e erraremos até o final. Tentando melhorar, sim, mas faz parte, da arte de viver, saber reconhecer que devemos perdoar, nos perdoar e perdoar os outros, doar mais, doer menos. Serenos, seremos melhores. Perdoemos, doemo-nos a nós. Desatemos os nós dos medos, das armaduras do segredo.
Meu enredo eu conto, eu canto. Às vezes, fico num canto, deixando jorrar o pranto, mas tenho tanto para viver, para aprender, pra crescer, que não posso me prender no que parece seguro. Tem horas que não dá pra ficar em cima do muro, mas se eu pular para um lado, não significa que o outro lado está errado, ou que eu o traí. É apenas um caminho que escolhi naquele momento.
Eu tento não me deixar levar pelo vento. Minha rota eu traço. E assim vou errando e acertando os passos. E nem venham me acusar com suas setas. Se Deus escreve certo por linhas tortas, por que eu tenho que andar em linha reta?