O criminoso volta ao local do crime, 4 horas depois, para verificar se a vítima caída na mata, próxima à praia de Caiobá, ainda estava viva. Tinha baleado ela pelas costas, na coluna e no pulmão, por tentar escapar da violação e da morte, logo após ter presenciado o seu namorado defendê-la do estuprador, levar um tiro no peito e morrer na hora. Vendo-a semimorta, incapacitada de se levantar e sequer rastejar em busca de socorro, o degenerado pergunta à moça de 23 anos se quer viver ou morrer. Ela prefere morrer, seja para se livrar de imediato do destino cruel que lhe coube, ou porque o desequilibrado irá matá-la de qualquer jeito, ou porque não sobreviverá aos ferimentos, ou simplesmente não resistirá a tamanho sofrimento. Mas o que ela não poderia imaginar é que o psicopata iria poupá-la para consumar o que ficou faltando: o estupro. Havia que vingar-se por ela não ter aceito fazer amor com o horror em que ele se tornou. Perpetrou sexo no estado grave em que ela padecia, cheia de dores. Se, de qualquer forma, iria morrer, por que não aproveitar? Crueldade maior foi deixá-la definhando na escuridão da mata, entregue à própria sorte, para morrer aos pouquinhos. Cavou sua própria sepultura, pois ela foi encontrada e salva no dia seguinte, 18 horas depois. Não existe o mal que a tudo destrói; resta uma margem por ser reparada e reconstruída, se houver fé.