Em 1953, os Estados Unidos encaravam a Guerra da Coreia e o macarthismo na esteira da Guerra Fria em combate cerrado contra os comunistas. A maioria dos americanos ficou em silêncio, assustada. A mesma reação se constata hoje na população, aterrorizada com o desequilibrado, instável e perigoso Trump, que manipula o Twitter como se fosse um garoto de 12 anos. Os Estados Unidos vivem um período de ascensão da extrema-direita e ainda não descobriu o que fazer a respeito. Os americanos não sabem aonde vão chegar, certo apenas que a caminho do Mal. O Brasil, agora a reboque dos Estados Unidos, repete o mesmo script sem a menor imaginação. Os Estados Unidos pelo menos ainda sonham com um 1968 ainda distante, quando foram para as ruas protestar pelo fim da guerra no Vietnã e por uma mudança de mentalidade escravagista ainda pautada pelos supremacistas brancos. Enquanto nós, no Brasil, não temos nem essa esperança, mesmo porque, quando vamos formar uma mentalidade mais progressista, os nossos supremacistas impõem a Getúlio Vargas abandonar a vida e entrar para a História, ameaçam Jango Goulart com a eclosão de uma guerra civil para depô-lo ou terceirizam um juiz de primeira instância (Moro) para fraudar um processo e condenar Lula à cadeia de modo a ele ficar impedido de disputar a eleição e não se tornar, outra vez, presidente da República. É golpe em cima de golpe, sem dó nem piedade, sempre com o mesmo roteiro da corrupção e do mar de lama, para vender o país, concentrar a riqueza na mão de poucos e manter o povo na ignorância, o incentivo claro ao saqueio da nação por todos. Só que, quem está por cima, rouba mais e melhor.