Dois policiais em Cleveland (Ohio) mataram um menino negro de 12 anos após receberem uma denúncia de que ele estaria apontando uma arma provavelmente falsa para os frequentadores de um parque, sendo indagado ao delator qual era a cor do garoto. Os policiais se defenderam alegando que o menor tinha uma altura improvável para a idade e que não atendeu ao “Mãos ao alto!”, obrigando-os a atirar na parte superior do corpo porque o revólver não era revestido da indicação laranja na ponta do cano em cor viva, o que identificaria o brinquedo – fundamental num país tão violento em que as crianças precisam estar informadas que arma não é brinquedo não! Por que, então, os agentes da lei não atiraram nas pernas ou usaram um tipo de arma não letal para dar choque ou imobilizar? Num país que não se cansa de exibir tecnologia em seus filmes, ainda vigora a mentalidade arcaica de, se não agir assim, esse será o dia dos policiais não voltarem para casa. Preferem atirar no cidadão, especialmente se for negro. Sempre possuídos pela paranoia do medo e da perseguição, seja uma invasão dos marcianos, os russos estão chegando e, recentemente, o perigo islâmico diante das Guerras Cruzadas, em contrapartida ao seu papel de mosqueteiros do Bem que se orgulham de encarnar. Que país é esse? Os Estados Unidos da América. O modelo de segurança.
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