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“ESTAMOS FAZENDO A NOSSA PARTE”

Implicado até o pescoço com as mortes por falta de balão de oxigênio em Manaus, acelerando o fim de enfermos por Covid-19, em virtude de sempre ter desdenhado a pandemia, o distanciamento social e a vacinação, Bolsonaro procura tirar o seu da reta. Ao afirmar “estamos fazendo a nossa parte”. Bolsonaro não arca com nenhuma responsabilidade. Sempre lavando as mãos, embora seja irreversivelmente um sujeito sujo, segundo sua trajetória fiel ao seu destino demoníaco. Irá lamentar ad infinitum ter ocorrido uma pandemia justamente quando foi eleito. Bem que podia ter ocorrido na era petista, pois o coronavírus disputa com o seu grau de estupidez por um lugar no pódio. Pois esmerdeia o pouco que poderia ter realizado, porque sabe do quanto é incapaz e inútil. Desviando a atenção do que é o seu forte, o negacionismo voltado para insanamente destruir tudo que vê pela frente, pois, desde que nasceu, estava escrito que tudo o que haveria por criar reverter-se-ia às cinzas, ao lixo, ao padrão execrável do que não deve ser repetido nunca mais. Já que o Brasil passará vergonha no planeta pelo voto dado por seu eleitorado chinfrim. Também pudera, esse amontoado de gente não tem a menor noção do que representa para o Brasil, para o interesse coletivo e sequer para si mesmo. Não fazem sentido, tal como seu mito, cuja fisionomia e aparência começam a desmoronar. Não prestam para construir nada! Seu êxtase consiste em pôr fogo em Roma, só vislumbram terra arrasada. E do tanto que assacam sobre variação genética a partir da vacina, a jegues ou jumentos retornarão, como castigo de Sísifo. Quase próximo a alcançar o cume da montanha, tornam a escorregar e a despencar lá de cima, sendo obrigados a subir tudo de novo, empurrando uma pedra de grandes proporções. Enquanto teimarem em se manter em seu status, confortavelmente ajustados aos seus padrões de voar baixo. Nada conseguindo pensar além. Nem tampouco se sentindo ameaçados pelo abismo que irá se abrir a seus pés. Engolindo quem não quer avançar ou evoluir. Quando costuma sobrevir a percepção da derrocada e o desejo de se arrepender. A sinceridade em jogo. Mas se abraçou teses que nos condenavam ao atraso. Tarde demais? Perdoar a quem foi tão longe e não mediu meios para se envolver com mortes em série? Em breve, o final de série em exibição nas redes sociais.

Antonio Carlos Gaio:
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