Alemanha foi embora para casa mais cedo. Deu adeus ao título de 2018 prematuramente quem se julgava um time imbatível só porque venceu o Brasil de 7×1 na Copa do Mundo de 2014, e na nossa casa. A Alemanha foi eliminada logo pela limitada mas valente Coreia do Sul por 2×0, em atuação apática e desconectada da realidade, imaginando que o seu gol fosse uma questão de tempo. A decantada autossuficiência germânica sempre conectada em manter a hegemonia, um traço cultural que jamais a abandonou nem mesmo quando o país se dividiu em dois por conta da Guerra Fria, no século XX. Bastava a Alemanha vencer a Coreia pelo placar mínimo num grupo em que se classificaram Suécia, em primeiro, a quem a Alemanha suplantou, e México, em segundo, que derrotou os alemães. Uma campanha ridícula, um desempenho acachapante, cuja renovação do time nem se notou, com os jogadores campeões em 2014 já sem imaginação e sem tomar iniciativa, excetuado Tony Kroos. Podemos nos considerar vingados da derrota humilhante por 7×1 no Mineirão e da fama que eles adoram cultuar “de sermos um grupo mentalmente forte, próprio de quem acumula vitórias”. A Alemanha é o último país do mundo que pode se orgulhar dessa fama.