O que é preciso para se encher de animação e entrar num bloco de carnaval? Com esses nomes tão sugestivos e império dos sentidos? “Vem, caminha junta”, mas é só no Carnaval que “Empurra que pega”? E se você não tiver jeito pra coisa? E se as bolas atrapalharem? Atenção, o Ministério da Saúde adverte: “Chupa, mas não baba”. “Vem cá, me dá”, é muita ansiedade para um “Cachorro cansado”. E se no “Se me der eu como” pintar um “Demora, mas levanta”? Aí tem que falar seu orgulho próprio: “É mole, mas é meu”. É muito desaforo e desrespeito para com o símbolo nacional, vai da “Rola preguiçosa” a “Azeitona sem caroço”. Pega leve e devagar, para eu sentir o toque na consciência, que costuma mudar de lado conforme o tamanho da festa e a posição na batalha. Não por outra, apelam para a cachaça, que é água de verdade, eu juro! “Largo do Machado, mas não largo do copo”, pois se “Babaçu abunda e a cerveja também”. Crie coragem, “Corre atrás”, “Se melhorar, afunda”, com gosto, é mentira quem disse que dói. Basta “relaxar e gozar; estupra, mas não marta”.