Décadas depois de Winston Churchill adquirir uma reserva de vinho do Porto para deleite de sua entourage, eu bebi um vinho do Porto de 155 anos em Vila Nova de Gaia, defronte ao Porto. Um dos últimos sobreviventes de sua época que alcançou a perfeição, antes das vinícolas europeias, como um todo, serem devastadas pela praga do inseto Phylloxera. Impedindo de se produzir de novo um vinho do Porto de grande estatura e originário de sua própria raiz, que nunca antes sofrera enxerto ou qualquer ação natural preventiva contra praga. Com um gosto incomparável de madeira de carvalho, amêndoa, um leve brandy, que em nada definem nem sequer reproduzem qualquer degustação que satisfaça a imaginação, sempre mais rica e ágil que o nosso paladar, que só alcança uma explosão de misturas inigualáveis e insuperáveis.