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EUROCOPA 2024, SÓ DEU PRORROGAÇÃO E PÊNALTIS NAS QUARTAS DE FINAL

Quando Eurocopa e Copa América se misturam. Argentina eliminou o Equador nas oitavas na cobrança de pênaltis, já que no tempo normal ambos empataram em 1×1. Messi perde o primeiro pênalti, mas o goleiro Emiliano Martinez, o Dibu, compensa, defendendo os dois seguintes dos equatorianos, tal como fez na Copa do Mundo em Catar contra os franceses. À semelhança de Messi e da Argentina, Cristiano Ronaldo desperdiçou um penal contra a Eslovênia no tempo normal, converteu o primeiro na decisão por pênaltis e o goleiro Diogo Costa defendeu as três primeiras cobranças dos eslovenos.
Na primeira das quartas de final, a Espanha derrotou a Alemanha por 2×1 no último minuto da prorrogação. No jogo que merecia ter sido a final da Eurocopa, se não fosse a metodologia ilógica do chaveamento já merecer uma intervenção da inteligência artificial. Tanto um quanto o outro faziam jus a prosseguir na Eurocopa. Uma injustiça a Alemanha ter sido eliminada em sua própria casa já nas quartas. A Espanha apresentando um futebol mais bonito com maior volume de jogo, a sua escola de futebol, enquanto a Alemanha, mais voluptuosa no ataque, pareceu ter perdido as melhores oportunidades do jogo – somente a inteligência artificial para dirimir essa dúvida -, tanto que empatou com a Espanha no último minuto do tempo normal. Mas não há nenhum jogador fora do comum nem na Espanha nem na Alemanha.
Na segunda das quartas de final, a França eliminou Portugal na decisão por pênaltis, não desperdiçando nenhum, mas com ambos apresentando um futebol bem mais pobre do que a partida anterior. Tanto que a França nem se incomoda de jogar um futebol medíocre, desde que se classifique. Os franceses estão jogando para o gasto. Mas Portugal não ficou para trás, até porque a idade está pesando em Cristiano Ronaldo e a tal geração portuguesa de ouro dá sinais de que não irá muito longe, tal como não foi a da Bélgica. Portugal não é mais um time pequeno nem médio como outrora, mas ainda não integra o bloco hegemônico formado por Alemanha, França, Espanha e Inglaterra – com tantos altos e baixos, a Itália se excluiu. Da mesma forma que Espanha e Alemanha, tanto a França quanto Portugal tiveram inúmeras chances de despachar o adversário mais cedo para casa. Mbapée ainda não disse a que veio nessa Eurocopa.
A Inglaterra eliminou a Suíça nos pênaltis, depois de empatar em 1×1 no tempo normal e na prorrogação. Mais uma decisão sendo levada para a prorrogação e penais. Da mesma forma como a Inglaterra tinha eliminado a Eslovênia nas oitavas, quando mostrou uma falta de inspiração medonha. Dessa vez apresentou-se um pouco melhor, mas a Suíça merecia ter levado de vencida a classificação para as semifinais. Embora a Suíça ainda se mantenha apegada ao sistema do ferrolho, com todo mundo na defesa para não levar gol. Ela se defende alegando que atualmente todas as equipes jogam assim, fechadinho, para depois partir para o ataque em pontada rápida com meio time avançando. Mas sem a menor imaginação? Se a Inglaterra já estivesse em casa, ninguém iria reparar, a não ser pelo nome.
No jogo mais sensacional da Eurocopa, a Holanda virou em 2×1 pra cima da Turquia no 2º tempo. Por que a Holanda não jogou assim no 1º tempo? Por que a Turquia só voltou a jogar quando em desvantagem no placar e faltando 20 minutos para encerrar a partida? Quase empataram, deixando o campo arrependidos – no todo, foi quem melhor se apresentou. Os turcos estão em fase ascendente para galgarem a uma posição mais elevada no ranking futebolístico. Por outro lado, os holandeses escalaram o que tinham de melhor no 2º tempo e aí demonstraram a força de sua escola, facilitados pela Turquia que recuou para manter o placar mínimo – mentalidade de time pequeno.

Antonio Carlos Gaio:
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