Hinduísmo, budismo, confucionismo, taoísmo, xintoísmo, messiânica, hare-krishna. Judaísmo, catolicismo, islamismo, igreja ortodoxa, luteranos, calvinistas, batistas, presbiterianos, mórmons, adventistas, testemunhas de Jeová. Espiritismo, umbanda, candomblé. À medida que a centralização se atenua no controle das religiões, vão se formando múltiplas seitas com os mais diferentes objetivos, muitas vezes diferindo apenas por uma singela interpretação de um texto sagrado.
Giordano Bruno foi condenado pela Inquisição, sofrendo torturas de todos os tipos. Antes de morrer, cospe no crucifixo dos que o assassinaram, sem saber que o perdoariam quatrocentos anos depois. O filósofo italiano acreditava que Deus é a soma de tudo quanto existe. De caráter místico, falava através de suas visões religiosas sobre o infinito cósmico e de uma nova concepção do homem.
Povoado por milhares de sistemas solares e com outros planetas contendo vida inteligente, existe uma vida que anima tudo, assim como os astros e os minerais. Nossos problemas provêm do fato de sermos espíritos limitados num universo ilimitado. Choramos a lembrança de pretéritos episódios infelizes como recurso para ocupar a mente. Na impossibilidade de encontrar com entidades desencarnadas, pessoas que amamos e já morreram, vivas em outra dimensão – a morte não mata a consciência nem o amor. Telepatia, vidência e clarividência, a mente se desenvolve através de visões descerradas pelo sexto sentido e a percepção extra-sensorial.
Daí não ser estranhável a lentidão no processo evolutivo em apagar o brilho falso de tantos descaminhos que apenas nos induziram a erros que não mais desejamos repetir. Como medir forças em infindáveis lutas pelo poder para alcançar um maior aprendizado. Daí ser natural que sigamos nos esfalfando em conflitos, pois carregamos emoções como culpa, raiva e medo por inúmeras vidas. Seria o caso de perguntar por mais quanto tempo queremos ficar engajados, com tal grau de comprometimento, em uma falsa ideologia. Podemos escolher nos desembaraçar dessa guerra.
Até que ponto fomos nós mesmos que elegemos essa vida, até que ponto ela é nossa própria visão? Até que ponto estamos conscientes de nossas escolhas? É preciso, portanto, um guia espiritual que nos leve aos portais e nos faça compreender a importância de nossa missão.
O homem é o único criador de suas circunstâncias. Concentra seu foco, sozinho, como criador de sua vida presente e determinador de seu destino. Palavras velhas, atos gastos, pensamentos roídos, estão lá, como verdadeiros fantasmas a nos incomodarem dia e noite. Vivemos nesse grande cipoal de incompletude, dor, angústia e insatisfação. Por não passar pela nossa cabeça que o acervo de amigos, fortuna e reputação, conquistados a duras penas, amanhã poderá desaparecer como num passe de mágica.