Bastou a Espanha entrar em crise econômica para pouco se importar com os direitos humanos dos refugiados cubanos que buscaram asilo político na Europa. Se os espanhóis enfrentam dificuldades para conseguir trabalho com uma taxa de desemprego superando os 20%, os cubanos vão para o fim da fila. Depois de anos de luta contra o regime castrista e encarcerados por questões políticas, agora batem à porta do recém-eleito governo conservador de Rajoy, mas a encontram fechada, ficando sem meios para sobreviver na Espanha. Sem casa, dinheiro e trabalho, um tremendo paradoxo – em Cuba, tinham tudo isso, embora de forma bastante restrita. A única saída que o desterrado Santiago Du Bouchet encontrou foi no suicídio. Alguns falam até em voltar para as masmorras dos Castro, se a Espanha permanecer insensível. Falta pouco para serem considerados como apátridas. Se tivessem ido para o paraíso americano, tudo seria diferente. Os EUA estão interessados em acolher os opositores do regime cubano desde que aceitem se juntar à Cuba anticastrista, em formação no território norte-americano. Para um dia invadir e regredir Cuba ao status de colônia de férias dos americanos, tal como era antes. Ou incorporá-la aos EUA como uma nova província, a exemplo de Porto Rico.
Deixe um comentário