X

FACEBOOK, ARENA DE CONFRONTO DE OPINIÕES EM QUE FALTA MUITO PARA SER ASSIMILADO

Ninguém pode questionar o direito de bloquear o amigo que deixou de ser amigo no Facebook. Direito legítimo de excluir de seu rol seleto quem porventura, segundo seu julgamento, o xingou, o difamou, ofendeu, o incomodou, o perturbou, enfim, não o deixou em paz, usando palavras contundentes ou mesmo irônicas em excesso com o intuito de desequilibrá-lo, fazendo jus, portanto, ao corte, à exclusão, a ser posto pra fora, pra rua ou pros quintos dos infernos. Quando, na grande maioria das situações, o que ocorre é tão somente divergência de opiniões ou de pensamentos com os quais não compactuamos e perdemos a calma, nos irritamos diante do absurdo perpetrado e disparamos uma arma química. Esse é o campo de batalha da democracia num instrumento novo como o Facebook, uma arena de confronto de opiniões em que ainda falta muito para ser assimilado, sem nos comportarmos como crianças mimadas que não gostam de ser contrariadas. Flagrando bloqueadores que se dizem democratas e contra a regulação de mídia, exercendo seu legítimo direito de censurar (bloquear) o ex-amigo no Facebook. Que reclamam do DNA do autoritarismo no Brasil e em países cucarachas, mas dando murros na mesa para justificar a expulsão do coleguinha da patota. E não quererem ouvir o que tanto criticam e arrasam em seus demolidores pareceres também retratados neles e em seus posicionamentos. A moral de duas faces não admite o telhado de vidro.
Categories: Croniquetas
Antonio Carlos Gaio:
Related Post

Este site usa cookies.