Como o Brasil está se saindo mal no ranking mundial de
educação, tentam associar a imagem de Lula a quanto mais ignorante for o povo,
fica mais fácil de enganá-lo. Daí a sua popularidade. Como se a educação fosse
o indutor perfeito para votar “melhor”. Para votar “certo”. Para que lado,
cara-pálida? O mesmo perfil de crítica se encontra nas gozações com pibinho, em
virtude do ministro Mantega ter afirmado acreditar num PIB razoável para 2012,
e que pibinho só como piada – deu 0,9%. Enquanto o povão está muito
satisfeito com o nível de emprego e o aumento na renda e no consumo verificado
nos últimos anos. É a eterna luta de classes, que a mídia detesta reconhecer,
pois não convém aos interesses que defende, e os militares nos anos da ditadura
ignoravam, por associarem-na ao comunismo. Todos unidos amaldiçoando a ascensão
vertiginosa da já famosa Classe C, formando um conjunto, ainda sem título,
integrado por falsos ricos, mas com situação financeira deixando a desejar,
ricos, mas não tão ricos, classe média mais intelectualizada, agregada a
abonados, os que têm altas pretensões de ascender ao topo na sociedade, mas
que ainda patinam, os que desprezam suas origens, por sentirem vergonha, e os
que perderam seu berço, com nostalgia de um passado mais farto e opulento.
Nenhum desses se importa com inclusão, mobilidade social e uma sociedade mais
justa. Estão pouco se lixando. Primeiro, melhorar quem tem mais estirpe,
cultura e, sobretudo, educação. O resto, vem depois e a seu tempo. Nada de
passar a frente de quem já está à frente, não é de hoje.