Não são poucas as mulheres que põem tudo a perder, embora amando muito. Por falta de equilíbrio emocional. Ao se apegarem de tal forma que transformam o querido amor em seu brinquedinho de estimação. Amarram uma tromba quando o veem escapar de suas mãos para ir ali à esquina.
Deliram pensando que quem ama tem a obrigação de entender o comportamento do outro. O problema é que quase nunca existe um coração alado tão compreensivo o suficiente para abarcar todas as idiossincrasias femininas. Com o correr dos anos, a situação mal resolvida acaba fazendo água, com eles se afastando delas e o navio indo a pique.
O grau de maturidade varia de acordo com o tempo em que ela se mantém fechada com o ressentimento dirigido a alguém muito especial. Sempre a recordar, nos mínimos detalhes, suas falhas, sua ausência nos momentos em que ela mais precisa, a reclamar de suas posições politicamente incorretas e de não assumi-la de fato, até ficar possessa com suas mentiras.
Ele propõe falar a verdade e abrir o jogo. Ela reclama que ele o faz, mas ferindo suas suscetibilidades e sem o menor cuidado com certas verdades. Ele se explica que era exatamente por isso que não havia sido de todo sincero. Anteriormente, respeitara certas particularidades por saber de antemão que ela não aguentaria ouvir nem metade da missa – verdade até certo ponto.
A vida é repleta de mal-entendidos. Em sua maioria, elas alegam que não agem assim por maldade, mas simplesmente por descuido. Puro destrambelhamento ocasional. Quando é necessário equilíbrio para tocar a vida. Conversar para espantar os diabos que nos rondam e abordar pontos fundamentais para desatar nós. Havendo amor.
Desde que a mulher assuma o compromisso de não se tornar desequilibrada ao longo de discutir a relação.
É incrível como somos capazes de deixar que pendências se arrastem até o último minuto do fim. Desperdiçando excelentes chances de uma história de amor densa e com substância, que mexe com todos os seus nervos e neurônios, a criar uma nova estrela no firmamento.