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FALTA DE PROVAS JUSTIFICA PRISÃO TEMPORÁRIA, A ÚLTIMA DO MORO

“Falta de provas justifica prisão temporária de Palocci” é a mais nova invencionice do juiz Sergio Moro para ratificar seu perfil arbitrário típico de um inquisidor que não tem pudor em transgredir as regras elementares de Direito para castigar seu inimigo político e proteger o PSDB e nanicos que orbitam em torno, sob as bênçãos da mídia. Em sua sentença, acusa o ex-deputado e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci de receber propina para trabalhar pela Odebrecht dentro do governo e no Congresso, mas o juiz acusa a si próprio quando confessa que não foram encontradas provas do recebimento dessas quantias, nem as contas a que se destinaram, devendo Palocci ficar preso, “enquanto não houver tal identificação”. Por ser um indício de que usa um “modus operandi de usar contas secretas no exterior, ainda não identificadas ou bloqueadas, correndo-se o risco de dissipação do produto do crime, uma vez que Palocci poderia se valer de recursos ilícitos para facilitar a fuga e se refugiar no exterior”. Palocci “ameaça a ordem pública, já que o contexto não é de envolvimento episódico em crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, mas do recebimento sistemático de propinas” ainda não atestado por prova documental, apenas indícios extraídos de delações ou coincidências de viagens, reuniões e encontros, bem como planilhas das quais constam o apelido “italiano”, que a Polícia Federal acredita ser uma referência ao ex-ministro. Sem contar a corrupção em torno das démarches para comprar o imóvel que iria sediar o Instituto Lula, se não fora o negócio ter sido desfeito. A prisão é temporária, podendo ser transformada em prisão preventiva até que se consiga extorquir uma confissão de Palocci.
É erro em cima de erro (primário) para prender petista na véspera de eleições e interferir no ambiente limpo e honesto pelo qual a Justiça deve zelar em nome da democracia. As condenações sentenciadas no julgamento do mensalão, e mais recentemente endossadas nas investigações da Lava Jato, cuja corrupção manteria a máquina do PT na presidência da República ad eternum, o Poder Judiciário, na pessoa jurídica de Moro, como fiel representante da burguesia e da elite unidos em uma grande corporação, e nas pessoas físicas que compõem a República de Curitiba, se enquadram no Código Penal, ao reverso, quando reproduzem a mesma prática delitiva com que acusam os petistas: ao fazer boca de urna para a população não votar no PT prendendo a cúpula do partido, desmantelam a máquina petista de caso pensado e de forma diabólica, maquiavélica e torpe, de forma que nem Gilmar Mendes, e tampouco a mídia, arquitetariam. É toda uma armação para que o PT seja expurgado do cenário político ao melhor estilo stalinista, de que tanto esses candidatos a aristocratas de mente rarefeita sentem repulsa. Golpe parlamentar (tirar Dilma e PT da presidência da República), inabilitar Lula para 2018, cassando seus direitos políticos por 8 anos, e prejudicar o ideário petista nas próximas eleições municipais, ou mesmo ad eternum, prendendo ministros de Lula e de Dilma. É o conjunto da obra para garantir que nunca mais sofram derrotas para a República em favor dos excluídos, discriminados e oprimidos, que se tentou implantar.

Antonio Carlos Gaio:
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