Ao sediar o maior espetáculo da Terra, o Rio de Janeiro mereceu nota 10. Depois de o país sofrer uma campanha de descrédito que veio desde a Copa do Mundo com o propósito de atingir a era petista e Lula, que conseguiu trazer, com seu prestígio internacional e seu governo vitorioso voltado para os pobres, a sede das Olimpíadas, vencendo a Chicago de Obama e a França. Sem contar a mídia tupiniquim para depreciar o Brasil, só virando o jogo no final para dar uma força ao Temer no impeachment de Dilma.
Que feio! Esse pelotão de trogloditas não quis reconhecer o óbvio. A natureza com que Deus presenteou o Rio de Janeiro como cenário das Olimpíadas, deixando de queixo caído quem assistiu às maratonas e ao ciclismo de estrada – seja o estrangeiro ou o brasileiro que não ama seu país. Perdeu a guerra da informação optando por não sair de casa ou somente ver as Olimpíadas pela TV, não entrando em contato com os mil e um esportes que banham esse planeta, a multidiversidade expressa no convívio com as inúmeras nacionalidades e o ambiente carnavalesco que carimbava momentos marcantes das competições. Até para debater, se estivessem presentes nas arenas, no Engenhão, no Maracanã e no Riocentro, a suposta falta de cultura olímpica do brasileiro, enclausurado na paixão pelo futebol. Quando se vaia até no Scala de Milão, se o tenor pisar na bola.
Impossível fazer uma análise isenta da melhor performance das nações sem ratificar a superioridade dos EUA no mundo, tendo o seu basquete inigualável como seu carro-chefe, agora que a ex-União Soviética só se vê envolvida com doping. A destacar, Usain Bolt da Jamaica. Vamos pros nossos. A medalha de ouro da negra, pobre e silva, a Rafaela do judô. Arthur Zanetti, Dyego Hipolito e Arthur Nory na exigente ginástica artística. As três medalhas de Isaquias Queiroz enfrentando feras na canoagem. A inédita medalha de ouro no boxe com Robson Conceição. Alison e Bruno no vôlei dourado da praia. Martine Grael e Kahena Kunze na vela de ouro. O Brasil é ouro no futebol masculino! Finalmente! Ainda mais para cima da Alemanha, com Neymar assumindo a sua importância no desempenho da Seleção.
Mas o vôlei superou o futebol em matéria de desempenho e bravura, principalmente quanto a não amarelar, ao ser ouro no Rio com atuações impressionantes de Wallace e Lipe (que saiu do banco com 32 anos), consagrando a carreira de Serginho com 40 anos – fora campeão em 2004 e prata em 2008 e 2012.
Contudo, o feito maior e mais inesperado foi o de Thiago Braz da Silva no salto com vara, superando o francês, campeão olímpico e recordista mundial, se elevando aos Céus 6,03 metros.
Em casa, o Brasil conseguiu sua melhor participação em Jogos Olímpicos na história. Em 13º lugar dentre 206 países, e com o maior número de ouro e na soma de medalhas. 19 no total, com sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, superando os 5 ouros de Atenas 2004 e, no geral de medalhas, as 17 obtidas em Londres 2012 (3 ouros, 5 pratas e 9 bronzes). O primeiro nas Américas, salvo os Estados Unidos. Para afastar de vez a zika com que quiseram contaminar a realização dos jogos.