Lula se tornou o palestrante mais caro do país no exterior como o maior vendedor da imagem positiva que o Brasil goza no estrangeiro, graças ao reconhecimento pela obra social de seu governo que deu uma enorme dimensão ao outrora país do futuro. O cachê de Lula por palestra no exterior já passou para 300 mil dólares, o dobro dos 150 de FHC, Bill Clinton e Tony Blair, notórios defensores das leis do mercado, cuja regra básica é quem despertar maior interesse, terá de corresponder ao mais bem pago, por atrair mais público e proporcionar prestígio ao evento – portanto, o melhor. Quem haveria de dizer? O professor superado pelo iletrado ou apedeuta, no entender dos doutores. Logo nos domínios em que o professor é absoluto e ganha palmas de graça em setores colonizados do país tupiniquim. E pensar que o ex-operário foi considerado no primeiro mandato sem as mínimas condições para presidir a nação por não reunir bagagem cultural que o guindasse ao topo. Os aspirantes à burguesia não suportam Lula nunca pagar um jantar em Paris ou Londres, hospedar-se em hotel de cinco estrelas com toda a sua comitiva e assessores cuidando de suas malas e fazendo seu check in, ou mesmo quitando suas compras. Quando ex-chefes de Estado, como palestrantes, são tratados com especial deferência em qualquer lugar do mundo, ainda mais quando atingem o status do presidente Lula, que virou pop e viaja de jatinho, a seu bel-prazer.