Não basta um pai gerar um filho. Tem de criar e prepará-lo para enfrentar a vida. Se não dá muita importância, a criança procura na mãe, nos avós ou em tios alguém que lhe dê. E, se o pai falhar no sustento, haverá de surgir um que o adote. Foi o que aconteceu com o Bolsa Família. Não adianta os tucanos exigirem exame de DNA. O filho, agradecido, saberá reconhecer quem o fez crescer e porá em dúvida o pai, que agora aplaude, na sua costumeira linguagem complicada de intelectual, a extensão de programas sociais a camadas excluídas, a difusão de mecanismos de transferência direta de renda (as bolsas) e a política continuada de aumento real do salário mínimo, que melhoraram as condições de vida e ampliaram o mercado interno. Como se tais iniciativas tivessem nascido com o pai. O pai, no caso, é FHC.