Não me interessam as figuras de linguagem
e sim as agruras que na minha língua agem
numa viagem ao fundo de minha alma.
Não quero palmas, mas preciso sim me aperfeiçoar.
Me afeiçoo à forma, não à norma.
E sobretudo ao conteúdo, que é quase tudo.
Faço poesia mesmo mudo, porque mudo meu olhar
ao rimar em silêncio, quando penso,
quando venço meus cansaços.
Vou tecendo novos traços, passo a passo,
enquanto desembaraço os nós entre nós.
Não me interessam as figuras de linguagem.
Não me interessam as figuras, a linguagem,
e sim a sua língua quando age
escrevendo ocultas mensagens
em nossa absoluta e nada culta vadiagem.
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