Espera-se em “O guerreiro de Genghis Khan” conhecer a personalidade do temível conquistador, que possuía as filhas e esposas de seus inimigos, mas o filme termina quando Genghis anuncia o início de sua guerra de conquistas, depois de longo período submetido a perseguições e humilhações e mostrar que é bom moço. Espera-se em “Enquanto o sol não vem” que aconteça algum fato relevante num desfilar de personagens completamente desinteressantes, mas sua diretora, roteirista e atriz, Agnès Jaoui, padece do mesmo mal do filme: ficou sem imaginação. Não se espera em “Caramelo” que apareçam cenas de sexo ou beijos ousados nos inúmeros conflitos de amor que recheiam o filme, pois que regidos pelas leis islâmicas do Líbano. Mas Almodóvar e Nelson Rodrigues nos acostumaram tão mal, que tudo soa hipócrita, ultrapassado e defasado em relação ao mundo globalizado. Muito distantes da contundência do realismo dos anos sessenta e setenta, consistentemente retratados em “O grupo Baader Meinhof”.
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