“A Negociação” e “As Aventuras de PI” em contraste com o piegas e perdido “O Impossível”. Em desempenho excepcional, Richard Gere comanda as negociações, no filme e na trama, para, em alta tensão, evitar a todo custo de quebrar a banca em suas aplicações e continuar riquíssimo, prolongar o casamento falido, administrar a amante, manter sua cotação em alta com a filha que o assessora, explorar um amigo afro-americano para obstruir provas contra ele na Justiça, pelo fato do personagem vivido por Richard Gere ser um daqueles capitalistas selvagens que provocaram a crise financeira internacional em 2008 e um país como os EUA não conseguir prendê-los, apesar de gozar da fama de paladino da Justiça perante o mundo. Em “As Aventuras de PI”, o notável diretor Ang Lee adiciona mais uma joia à sua coleção de filmes do naipe de “O Segredo de Brokeback Mountain”, “O Tigre e o Dragão”, “Razão e Sensibilidade”, “O Banquete de Casamento” e “Tempestade de Gelo”. Um adolescente e um tigre, ambos náufragos, dividindo um bote salva-vidas e tendo que prover sua subsistência, com Deus sendo colocado em questão por tamanho infortúnio e respondendo à altura de modo a que não duvidem Dele, em mais um filme pleno de toques religiosos e espirituais a sublinhar que não devemos perder as esperanças. O que fazer se os críticos não se comovem com a descrença?