O ministro Barroso do Supremo disse que o motivo real do impeachment de Dilma não foram as pedaladas fiscais, nem corrupção. Uma justificativa formal para dissimular a perda da sustentação política, segundo ele. Quando a legislação que respalda o impeachment não prevê a hipótese da falta de aprovação do presidente medida em pesquisa ou cair no desagrado da população, já que o regime não é parlamentarismo. Muito embora o governo Temer tenha sido abalado por sucessivas acusações de corrupção com a Câmara dos Deputados impedindo a instauração de ações penais contra o presidente, em face de Temer ter dividido o poder com parlamentares corruptos. Mesma estratégia utilizada pelo Bolsonaro para evitar o impeachment. Dilma foi considerada pelo establishment como ingênua, inepta e despreparada para lidar com o poder, pintando-a como uma gestora incapaz e ineficiente. Portanto, Dilma foi retirada do poder por meios ilegítimos e desleais capitaneados por Aécio, o derrotado frustrado e investigado pelo Supremo, Temer, o sucessor beneficiado, e Eduardo Cunha, posteriormente preso. Como queria demonstrar, foi golpe! Barroso ainda insiste em negá-lo com firulas que caem no ridículo. A História irá pôr os pingos nos “is” e o perdão à Dilma só virá quando ela morrer.