A única coisa que Dilma não dará conta é que, caso a oposição não dê conta da vitória de Dilma, pelos próximos 4 anos tentarão promover seu impeachment de qualquer maneira. Apoiados pela mídia que se organizou nessa campanha em pool numa Central de Denúncias, acobertados pelo seu papel legítimo de fiscalizador, disfarçados em corregedoria de tempos republicanos, para noticiar ou perseguir ou proteger ou fingir que não vê ou minimizar conforme os seus interesses – como é o caso dos panfletos originados da diocese de Guarulhos ou do aborto de Mônica Serra. Mesmo porque coibir tráfico de influência, lobismo e nepotismo, em qualquer governo, significa moralizar os costumes nos três poderes, e ainda nos encontramos em fase de choque de ordem. Já passamos do tempo em que o candidato prometia austeridade e caíamos como patinhos, quando elegemos Collor. Se isso não é bom, pior é o candidato mentir e nos deixarmos enganar. A isenção é uma falácia da liberdade de imprensa em virtude de ela ser totalmente comprometida com seus apoios. Todos têm de se posicionar politicamente – mesmo ao silenciar ou anular seu voto – e acabar, com a manifestação de seu pensamento, enredando-se e pendendo para o lado com que mais se identificar em torno de propostas. Não adianta Marina saudar sua independência diante de uma oposição que não hesitará em promover ações golpistas, que não tiveram sucesso com Lula por terem se acovardado e recearem ser expurgados pelo eleitorado, como acabou ocorrendo com Tasso Jereissati, Arthur Virgílio e Heráclito Fortes. No entanto, Dilma é alvo certo dos abutres por ser mulher. Sem as origens e a trajetória de Marina – similares às de Lula.
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