Não é por falta de aviso. Quem se atrever a atacar o Irã, vai se arrepender profundamente. Palavras de Ahmadinejad, o instrumento dos aiatolás para forjar uma democracia com um ditador no poder. A prova cabal do crime contra a liberdade de opinião é o resultado ter sido anunciado logo que cerraram as urnas, não sendo a votação eletrônica e sequer existindo pesquisa de boca de urna. Ninguém testemunhou a contagem de votos nem se divulgou totalizações por distrito. Por mais que muçulmano seja bambambã em matemática, 62,6% contra 33,7% de Moussavi é merecedor de reprovação e sujeito à cassação do título de democracia, por transformar um potencial de 40 milhões de eleitores em atores de uma farsa. Em Teerã, cidadãos inconformados saíram às ruas procurando pelo seu voto, recebendo bordoadas de paramilitares em motocicletas para deixarem de ser bestas. Ao melhor estilo da Coreia do Norte, Irã se fecha e vira um regime que nega o Holocausto e aprisiona consciências, alegando que o seu propósito é ferir a unidade árabe, em resposta ao maior clamor público desde a Revolução Islâmica de 1979, quando os aiatolás conquistaram o poder para não largar o osso. Os guardiões do islamismo persa.