Já está enchendo a paciência cucaracha cantar de galo pra cima do Brasil, só porque ratificamos a imagem de imperialista com o petróleo a banhar o nosso continente e estendemos o manto protetor do país tropical a los hermanos africanos. Despertou inveja no espírito hegemônico de Fidel, abraçado ao Chávez até morrer, na defesa do milho contra o etanol. Transformou Evo Morales no Che Guevara da Bolívia, ocupando com tropas refinarias da Petrobras e tirando partido de nossa dependência do gás que expelem de suas abundantes jazidas. Enquanto aguardávamos a reforma agrária do Paraguai, que expulsará os brasiguaios, chegou a vez de o Equador botar banca, com ódio da nossa inteligência empresarial e do BNDES subsidiar o subdesenvolvimento equatoriano. Todos irmanados no propósito de prorrogar seus mandatos, sob o magnânimo pretexto de reformar a Constituição e liderar a modernização em torno de uma causa nacionalista. Precisam golpear o Brasil com o pensamento nanico de que crescemos à custa deles, nos colocando no lugar de vilões, que já ocupam Espanha (o colonizador) e EUA. O Brasil se cala e não alimenta o falso dilema com a política do irmão mais sábio, que age em silêncio, sem se preocupar com orgulho ferido. Pra que entrar em guerra se, por baixo do pano, os irmãos rebeldes pedem mais e mais ajuda, negócios e acordos em favor da pobreza sul-americana? O Brasil já tentou exigir visto dos americanos e teve que voltar atrás, por contrariar nossos interesses, recolhendo-se ao seu verdadeiro tamanho.