Passa batido o filme “Garçonete”, em que Adrienne Shelly não é a garçonete principal, mas escreve e dirige como as mulheres se encontram desesperadas com a falta de opção no mercado. O escrotinho do marido, o débil mental que, de tão piegas, é jóia, o que é feliz por aceitar até onde pode ir no amor e o que se acredita num herói romântico capaz de arrancá-las de seu torpor e fugir dali. Um beco sem saída que as leva a se refugiarem no buraco de sempre. Na fantasia, que as conduz a mais completa abstração e gradativo desconhecimento do que estão fazendo aqui, senão terem filhos e criarem de outra maneira. Shelly foi assassinada em Manhattan sem poder vibrar com o sucesso de sua tese, deixando órfã sua filha de 3 anos.