George Clooney é exaltado por ser um belo ator e um ator muito bonito. Sua sexualidade ativa não condiz com chamá-lo de galã – seria brega. Em razão de sua estoica resistência ao casamento, que seduz e irrita as neuróticas que lutam por uma relação fechada, ainda mais nos EUA, que não aceitam essa tal de relação aberta. No Festival de Veneza, foi alvo de perguntas embaraçosas, quando não assediado por uma jornalista espanhola, que se declarou apaixonada. O momento mais constrangedor foi o de um repórter humorístico de TV italiana, que tirou toda a sua roupa, ficando só de gravata e cueca, onde se lia: “Escolha-me, George”. Demonstrando que os gays não estão pra brincadeira, enquanto as mulheres patinam no romancear o amor, furiosas com a facilidade de os homens colecionarem romances tortos, indecisas entre se e quando se tornarem mães. A abraçar ou não a maternidade nesse contexto – o tema do filme exibido na sala ao lado de onde Clooney despertou paixões para todos os gostos. Livre de exclusividade, ser fiel ou fechado a qualquer abordagem.