O juiz supremo Gilmar Mendes procura imitar Lula na arte do palanque. Viciado em mídia, ocupa o púlpito e ministra aulas de Direito para a imprensa e blogueiros. Os ministros do Supremo Tribunal Federal não precisam auscultar as ruas para saber o que pensam sobre conceder liberdade a Daniel Dantas e algemar bandidos, porque são independentes e contramajoritários, ou seja, navegam contra a maré, se for a bem do estado de Direito. Além do que, o homem comum de rua é adepto da pena de morte e do linchamento como prática institucional para combater a criminalidade. Isso é o que diferencia o alto nível de sapiência da magistratura máxima da barbárie do povo. Ou, então, diferencia bandido bom é bandido morto de bandido bom é bandido solto. Só nos resta espalhar velas defronte os Três Poderes em Brasília, em sinal de luto por reiteradas posturas e manifestações de desprezo pela opinião pública. Estão se lixando para condenar, cassar e prender. Linchar é quase igual a lixar, mas é consequência.