Arquivada a investigação sobre Aécio na Operação Lava Jato, como é comum na Justiça quando se trata de tucanos, eis que o mineirinho comemorou a prisão de Vaccari e começou a articular o impeachment de Dilma. Como alegada base jurídica, Aécio arrola que a Caixa pagou Bolsa Família e seguro-desemprego, tendo que esperar seis meses para receber o dinheiro de volta, o que configura empréstimo ao Tesouro já que são gastos orçamentários que o banco não tem que assumir, quando a União é obrigada a repassar os recursos antecipadamente. Manobras como o FGTS arcar com os custos de Minha Casa, Minha Vida, chamadas de pedaladas fiscais, que serão analisadas pelo jurista Miguel Reale Júnior, convocado por Aécio para dar seu parecer sobre o impeachment de Dilma, inspirado no Miguel Reale pai, ideólogo e líder do integralismo nos anos 30 e um dos redatores da Constituição de 1967, a que consolidou a ditadura militar e a tortura. Aécio Neves começa a encarnar o papel de Carlos Lacerda em relação a Getúlio em 1954. Há que tirar Dilma do poder, de qualquer maneira, nem que seja através de golpe, conforme compromisso assumido com organizações golpistas e nostálgicas da ditadura essa semana, logo no Congresso. Não é mais 3º turno com novas eleições. Vai que Aécio perca! Se o escrutínio ainda fosse através de pesquisas efetuadas pela mídia.