Só assim ficamos sabendo quem é Puccinelli, em seus 15 minutos de fama. É o governador do Mato Grosso do Sul que xingou o ministro Minc de viado maconheiro só porque o governo federal proibiu o plantio de cana e a instalação de novas usinas de álcool no santuário do Pantanal. Além de ameaçar estuprá-lo em praça pública, evidenciando a habitual ignorância de machões sobre homossexualismo, pois quem pratica sexo, de forma ativa ou passiva, com pessoas de mesma natureza biológica, subscreve-se veado. Mas a cultura de Puccinelli só consegue enxergar o boom do etanol, que atrai investidores e atende a seus interesses à frente do estado, não fosse a indignação que o acometeu. O seu posterior pedido de desculpas revela o seu caráter, ao garantir que não houve ofensa – sairia tiro se dirigida à sua família. A sua truculência não capta o que representa a candidatura Marina na conscientização do eleitorado quanto aos cuidados com o meio ambiente. Ofende a FHC, ora substituindo a Gabeira no papel de desmistificador dos males da maconha junto a organismos internacionais, no intuito de preservar a integridade do usuário face ao poder de polícia do gênero Puccinelli. Juntar o jacaré do Pantanal com a cana-de-açúcar não iria dar certo.
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