Depois não entendem porque Lula se recuperou nas pesquisas. Seus algozes, tucanos e pefelistas, firmaram um acordão para blindar o passado e apagar os vestígios de Marcos Valério nas campanhas eleitorais das Minas Gerais, quando foi aprovado no vestibular para lobista. Uma troca na proteção a reféns do caixa dois, que passou a significar mensalão. Salvar agora o Brant, ex-ministro de FHC, para depois inocentar Eduardo Azeredo, ex-governador das Alterosas.
O importante é que nada respingue na campanha de Serra ou Alckmin, a fim de entrarem limpos e de cabeça erguida na escalada para presidente, com o discurso de que o país não deve mais dar espaço para ladrões. Ninguém poderia esperar que o PT entregasse o seu maior patrimônio – a ética -, servido na bandeja pelo garçom Delúbio. Portanto, não entra na cabeça de nenhum tucano desperdiçar uma oportunidade como essa. A inteligência de oportunistas seria posta em questão, causando um estrago proporcionalmente maior do que o escárnio promovido por eles a respeito da cultura de Lula.
Nem tiveram escrúpulos em sacrificar o colega de partido Fruet, destaque na investigação das maracutaias petistas, que acabou se queimando também ao abrir mão de suas prerrogativas no conselho de cassação. O argumento utilizado para não cassar Brant é a consciência de suas qualidades éticas, a saída dele não melhora a Casa. Pelo contrário, piora.
Rola um clima de fastio depois de se banquetearem às custas de Zé Dirceu. Como ele caiu de pé e continua a viajar de primeira classe, a antropofagia é de causar inveja aos índios que traçaram o bispo Sardinha. Engraçado… se por demais explícita a solidariedade entre os seus pares, a promiscuidade não se segura nas tamancas, põe a cabecinha de fora.
A extensão da moral só vai até onde o delito alcança os seus, aí funciona o espírito maçônico em prol do interesse maior: jantar o Brasil.
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