A Grécia teve de escolher nas eleições de domingo entre ficar com os ladrões ou com a loucura. Ganharam os que irão tirar proveito da política de austeridade, sócios na zona que virou o euro, fazendo o povo grego pagar a conta, se quiser se manter com o status de pobres ricos europeus. O que deverá aliviar o impacto da crise nos mercados, rebaixados a feiras livres, especialmente o da Espanha e da Itália, que já vinham pagando ágios cada vez mais caros para leiloar títulos que refletem perda de soberania. A Alemanha degusta sua supremacia econômico-financeira no Velho Continente, finalmente vingando-se dos fracassos nas 1ª e 2ª Guerra Mundial. Não haverá mais aventuras. A loucura representaria a Grécia excluir-se do Primeiro Mundo europeu e sofrer o boicote dos ricos, ao se tornar a ovelha negra de potências ex-colonialistas. Samaras, o novo líder conservador grego, traiu a memória de sua bisavó: Penelope Delta se suicidou em 1941 ao ver os tanques alemães tomarem Atenas durante a invasão nazista.