Bolsonaro vai acabar nos despertando de nossa apatia com os balões de ensaio que tentam instalar um regime autoritário, se avizinhando da ditadura. Disparam até de Rondônia apreendendo livros, só faltando mandar queimá-los. Já se afigura claro para a população brasileira que ela escolheu o pior candidato desde o 1º turno – ou seja, “deu merda”. O eleitorado legítimo do Bolsonaro, e mesmo os que votaram para excluir o PT do poder, optaram pelo voto em favor da destruição, voltado para o autoritarismo, violência e morte. Quando eleição está correlacionada à vida e ao sonho de construir uma sociedade focada em elevar os padrões de educação e de cultura do país. Mas não. Preferiu-se queimar a floresta amazônica e destruir santuários ecológicos. Explorar a força produtiva do trabalhador e matá-lo antes que se aposente para o Estado sobreviver. Terceiriza-se para que o patrão aumente seus lucros e sepulte a CLT. Sufocam-se projetos habitacionais para não lembrar uma era que consagrou o sonho da casa própria. Expulsam Cuba da assistência médica às populações ribeirinhas e povoados perdidos no nosso interior para não passar recibo que a nossa classe médica prioriza os ricos e protegidos pelos planos de saúde – para os demais, uma fila ou a ausência. Pensava-se que quase quatro mandatos com foco na inclusão, na correção das injustiças sociais e a enfrentar a discriminação propiciaria a reflexão e a maior politização. Ledo engano. A opção se concentrou no destruir a herança deixada, pouco importa se certa ou errada, e despir o Estado de suas responsabilidades sociais. Não está ficando pedra sobre pedra, pois é mais fácil destruir do que construir, fazer guerra do que promover a paz social. Não existe amor, só perdura ódio, não havendo clima para se criar. A ênfase é em partir para a porrada e ser autofágico, mais primitivo do que o canibalismo nos tempos do Brasil recém-achado por Portugal. Aliás, tendência verificada no mundo inteiro. Se organizar e reagir será uma questão de sobrevivência neste planeta