Um dos maiores atestados de incompetência passado pelo técnico Rubén Magnano aos jogadores da seleção brasileira de basquete masculino que vieram da NBA, após a derrota que humilhou a nossa torcida perante a hinchada argentina, quando o time queimou uma vantagem de oito pontos a menos de três minutos do fim e perdeu na segunda prorrogação para a Argentina: o técnico não tem em mãos jogadores habituados a decidir partidas. Mais contundente que isso foi a morte de João Havelange que, após uma trajetória brilhante à frente do futebol tricampeão do mundo (1958/62/70) e da Fifa (1974/98), incluindo países que estavam à margem das grandes disputas continentais, pôs um fim na Lei do Passe. O que contribuiu para mercantilizar e transformar o futebol num negócio lucrativo, principalmente para seus dirigentes. Os últimos 15 anos de vida de Havelange se converteram em verdadeiro inferno por acusações de corrupção em sua gestão, agravadas pelo seu herdeiro e ainda genro, sendo as investigações abafadas face ao seu prestígio, em troca da destituição de suas comendas e honrarias, bem como dos benefícios de seus cargos em regime de aposentadoria. Morreu em silêncio, sem homenagens, como se banido do meio esportivo, ou das próprias Olimpíadas realizadas em seu país, em sua cidade. Sem nem fazer jus a bandeira a meio-pau do Comitê Olímpico. O que aconteceu no final da existência de Havelange foi extremamente grave para um homem de sua importância e serve de aviso para todos nós.