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HAVIA PRISÃO NOS SUBTERRÂNEOS DA BIBLIOTECA DE COIMBRA

Na antiguidade, sempre houve o costume de as prisões serem próximas, quando não embaixo dos palácios dos reis. Não havia tantos crimes ou ladrões que justificassem os presídios de segurança máxima distantes da chamada civilização. Daí não ser absurdo a Biblioteca de Coimbra, com compêndios que formam o saber lusitano desde 1534, cercada pela Universidade que lhe dá o nome, ter nela cabido cárceres em seus literalmente underground culturais a marcar em ferro e brasa o absolutismo sempre presente na alma portuguesa, com certeza. Embora os liberais tanto peleassem para que o pensamento livre não fosse para as masmorras, confundir o criminoso comum com os excessos na liberdade de expressão era a prática corriqueira. No gênero do educandário para corrigir os alunos indisciplinados com cárcere privado na própria universidade.
Antonio Carlos Gaio:

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