Mais um órgão da imprensa que comprova ser uma panaceia a isenção no jornalismo. Quando não coloca sua inteligência em favor dos que concentram dinheiro e poder explorando o sensacionalismo barato. Não tanto porque o tabloide britânico “News of the World”, com 168 anos de existência, resolveu fechar as portas por ter sido flagrado grampeando e violando caixas postais de celulares, sobretudo de políticos e celebridades, em busca de escândalos. Mais por conta de Rupert Murdoch, quando formou um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, ao controlar as operadoras de TV por assinatura SKY e DirecTV, a FOX, o site de relacionamentos My Space, o jornal “New York Post”, estúdios de cinema, dentre outros instrumentos de poder. Tornando-se milionário e poderoso para pôr as garras no recém-eleito governo britânico e o convertendo num seu serviçal, ambos conservadores ao extremo e feitos um para o outro. Por uma questão de justiça: são esses os maiores defensores da liberdade de expressão. Uma imprensa cujo negócio é metralhar os que ousam falar mal dos outrora formadores de opinião pública, velhacamente associando a livre opinião a comunistas. Deformação antiga que vem do tempo do anticomunismo e que ainda bem se presta a explorar, no lugar do Bem, na luta contra o Mal, personificado nos que desejam calar a imprensa, apenas por fazerem oposição a ela. Tubarão no lugar do Bem?