Desde a mais tenra infância,
vamos amontoando
nossas insignificâncias
e saliências,
alimentando as reentrâncias
com impaciências,
nessa inconsciência
coletiva,
intolerância
cativa.
Viva nossa cegueira,
nossas besteiras diárias,
que nos deixam à beira
da praia
com o pé na areia,
sem ver o mar.
Mergulhemos,
até afundar,
na delícia pura
da loucura.
Quem sabe
o sal na ferida
não seja a cura?
Uma coisa é certa:
só se acha quem procura.
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