Meu corpo é um ioiô.
Vai e volta ao sabor
do vento do prazer
da carência de você.
A razão o recolhe
mas pelo barbante escorre
essa saudade danada
e, de repente, do nada
o ioiô se desenrola
me enrolando toda
na cola do agora.
Ioiô, vai e volta
mas às vezes
se enrosca
se confunde
dá nó
e fica assim, ó:
todo arrebentado
esse corpo-iô
desbaratado.
Meu corpo é um ioiô
pra lá e pra cá
só que não sou mais criança:
desaprendi de brincar.
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